quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O Barco Vazio


 

Abandona o desejo de ser importante;
não permita que tuas pegadas deixem rastros.
Viaja só, como o Tao,
para a terra do grande silêncio.

Se um homem estiver cruzando um rio
e um barco vazio colidir com o seu,
Por mais mal-humorado que seja,
Ele não vai se ofender nem ficar irado.
Mas se o barco for tripulado,
talvez ele se encolerize, grite e xingue,
só porque há um remador.

Enquanto cruzas o rio do mundo,
percebe que todos os barcos estão vazios,
e nada poderá te ofender.



(Texto de Zhuang Zi extraído de O segundo livro do Tao. Stephen Mitchel. Rio de Janeiro: Nova Era, 2010.)

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